terça-feira, 27 de abril de 2010

A década em que a pregação expositiva começou a desaparecer dos púlpitos da Assembleia de Deus



(Leio muita abobrinha , mas este artigo me chamou a atenção. Infelizmente é uma realidade. Jesus não é mais a única estrela no altar. Agora virou circo...estão dividindo os púlpitos das igrejas com os políticos, artistas e animadores de auditório. Tantos títulos!! E se pararmos para pensar Jesus continua sendo Jesus. Use mais seu cérebro e tenha suas próprias opiniões - Elisabete Carvalho)


Até o fim dos anos de 1990 não havia tantos malabaristas nos púlpitos das Assembleias de Deus. A pregação bíblico-expositiva ainda reinava. Pregadores que expunham a Palavra do Senhor, na dependência do Espírito Santo, ainda eram respeitados. Mas, com o falecimento de alguns homens de Deus e a queda espiritual de outros, começaram a surgir, em grande quantidade, ainda na aludida década de 1990 (que compreende o período de 1991 a 2000), os animadores de auditório.



Hoje, o modelo que prevalece e encanta multidões é o da pregação interativa dos “ungidos”, no melhor estilo diga-isso-e-aquilo-para-o-seu-irmão, com pouquíssimo conteúdo bíblico e malabarismo de sobra. Como consequência, muitos crentes já não suportam a exposição da viva e eficaz Palavra do Senhor (Hb 4.12). Isso, para eles, é simples demais e enfadonho; querem movimento, animação, berros prolongados ao microfone, gracejos, exibição teatral, etc.



A exposição verdadeiramente ungida das Escrituras perdeu o seu espaço. E quem não gosta de animação de auditório, como este expoente, é considerado pela maioria como retrógrado, ultrapassado, invejoso, sem unção, incapaz de “gerar a graça”, inimigo do “mover de Deus”, cético, etc.



Entretanto, a minha batalha — ainda que às vezes me sinta como alguém tirando água do oceano com uma pequena caneca — pela recuperação da pregação expositiva continuará, segundo a graça do Senhor Jesus. Enquanto Deus me der força, perseverarei em protestar contra a animação de plateia e em asseverar que precisamos voltar às “veredas antigas” (Jr 6.16). Afinal, avivamento também significa reconquistar o que foi perdido (Lm 5.21).



Coincidentemente ou não, depois das mortes de Bernhard Johnson (em 1995), Valdir Bícego (em 1998) e Eurico Bergstén (em 1999), e com as quedas espirituais de importantes expoentes da Palavra de Deus (algumas irreversíveis), cresceu, e muito, a animação de plateia. Não obstante, hoje, graças a Deus e ao legado de pregadores do passado, o quadro já começa a melhorar. Há um forte clamor pela pregação expositiva, cristocêntrica, centrada na imutável Palavra do Senhor, e começam a surgir pregadores à moda antiga. Aleluia!



Diante do exposto, continuarei com o propósito de imitar os grandes expoentes que conheci no milênio passado, como Valdir Bícego, Geziel Gomes, Jimmy Swaggart, Eurico Bergstén, Bernhard Johnson e tantos outros (1 Co 11.1), sem contar os ensinadores. E continuarei lutando para que, em nossos cultos e congressos, voltemos a valorizar a poderosa exposição da Palavra de Deus (Sl 119.130; Jo 5.24), sem exibicionismo, invencionices, ilusionismo, berros desnecessários, malabarismo, gracejos sem graça, triunfalismo e outros devaneios e aberrações que desviam o povo da verdade e do temor do Senhor.







Por Ciro Sanches Zibordi

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